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sexta-feira, 21 de outubro de 2011









Não, nossos planos não irão se concretizar. Você não vai saltar pela minha janela para dentro do meu quarto no meio da noite para ocupar o espaço vazio da minha cama. Não vamos fugir para uma praia qualquer e nos esconder em uma casa com apenas um colchão e cubos de gelos, e não vamos caminhar de mãos dadas pela praia durante um fim de tarde. Você não vai poder dar em cima das garotas mais bonitas que passarem por nós, e eu não descontarei meu ciúmes passando cantadas sem graça no salva-vidas, para me vingar de você. Não vamos ter uma discussão, onde eu te acusarei de não ser bom o bastante para mim, ou então de estar cansada desse seu orgulho idiota. Não vou poder jogar suas coisas pela janela, nem te colocar para fora de casa. Não vou poder correr para cama depois disso e chorar até perceber que você é o idiota que eu amo. Você não vai poder deixar o seu orgulho de lado e gritar meu nome inúmeras vezes, do lado de fora da minha janela, de baixo de chuva. Eu não vou poder aparecer na varanda, para escutar você falar sobre todas as coisas que gosta em mim, e sobre como eu sou a única garota que consegue te causar um frio desconfortável na barriga. Não vou poder sorrir feito uma boba ao ouvir sua voz dizendo que me ama, e que quer ficar comigo todos os dias que te restam. Não vou poder correr até você, em meio a uma tempestade, e me jogar nos seus braços, para então te beijar. Não, nós não vamos nos beijar na chuva. Não vamos poder rir pelo fato de estarmos prestes a pegar pneumonia, e também não vamos poder terminar nossa reconciliação na cama. Não, nossas brigas não acabarão na cama. Não poderemos passar o resto da noite acordados, eu deitada no seu peito, ouvindo você reclamar por eu ter feito você enfrentar seu medo de chuva, e eu falando sobre todas as coisas que você tem, que me fazem te querer todos os dias, desde a hora que eu acordo até a hora que vou me deitar. Não vou poder te levar torradas pela manhã, nem sussurrar no seu ouvido que sem você, eu não existo. Não vai haver nada disso. Nem você, nem eu. Não vai haver nós.

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